sexta-feira, 17 de junho de 2016

Atestado para atividade física


  Figura comum nos consultórios médicos, os pacientes supostamente saudáveis que vem em busca de atestado médico para atividade física mostram que, ainda bem, as atividades físicas tem cada vez mais adeptos. Porém, nem sempre eles ficam satisfeitos quando o médico (na maioria das vezes cardiologista) não emite o atestado na hora e pede exames para só depois fazer o atestado.
Frases como: “eu não tenho nada”, “já faço há muito tempo”, “nunca senti nada” são frases comuns que ouvimos, principalmente dos mais jovens que querem ter suas demandas atendidas. Pois bem, não é tão simples assim. Uma simples lida diária em noticiários mostra que não é tão raro pessoas terem problemas durante atividade física. Quando um provedor de serviços solicita uma avaliação de uma médico, ele quer que esse médico diga que está tudo bem para a prática de tal atividade.
O grande temor dos médicos é a chamada “morte súbita” que, embora chamem comumente de ataque cardíaco ou infarto do miocárdio, consiste numa arritmia fatal. A atividade elétrica do coração entra em colapso e as contrações cessam, o coração para. Nos de mais idade, é imperioso afastar a existência de doença nas coronárias, que levam ao infarto e também a arritmias sérias. Dessa forma, todos os candidatos a atividade física devem ter sua história médica e familiar avaliada pelo médico, serem examinados e, no mínimo, um eletrocardiograma. Para os que forem encontrados elementos de risco na história, no exame físico, outros exames devem ser solicitados como teste ergométrico e ecocardiograma.
Todos aqueles que pretendem encarar atividades de alta intensidade ou de competição devem submeter-se a pelo menos um teste ergométrico, independente de faixa etária ou história clínica. O atestado médico não é só um papel, algo sem importância pra ajudar o paciente, é um documento que confere responsabilidade civil ao médico, deve ser concedido com tanto critério quanto qualquer conduta médica. 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Vitamina D em pacientes com insuficiência cardíaca - um novo futuro?

De algum tempo para cá tem sido diagnosticadas cada vez mais pessoas com deficiência D. Tem sido um modismos solicitar a dosagem e prescrever a reposição de vitamina D e cada vez mais funções além da prevenção da osteoporose tem sido atribuídos a vitamina D. Partindo desse ponto, um pequeno estudo chamado VINDICATE avaliou efeitos da suplementação de vitamina D em pacientes com insuficiência cardíaca crônica (coração fraco) com deficiência de vitamina D.
Foram avaliados 229 pacientes, maioria de homens com insuficiência cardíaca e deficiência de vitamina D documentadas e um grupo submetido e 1 ano de suplementação de vitamina D e outro grupo a placebo além da medicação e medidas não farmacológicas clássicas para o tratamento da insuficiência cardíaca. Os resultados foram avaliados através do teste de caminhada de 6 minutos que avalia o distância percorrida e as condições clínicas após andar por 6 minutos e pelo ecocardiograma.

            Os resultados mostraram que, apesar de não ter havido diferença no teste de caminhada, houve significativa melhora na função cardíaca e nas medidas das cavidades cardíacas ao ecocardiograma, o que pode ser um achado promissor.  Como foi um trabalho com pequeno número de pacientes, maiores estudos são necessários para mostrar de forma inequívoca um benefício da suplementação de vitamina D em pacientes com deficiência de vitamina D e insuficiência cardíaca.

            Vamos aguardar.